segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Como lidar com machucados infantis


Aprendendo a lidar com os machucados e dores na infância

Geralmente os pais trazem uma carga de informações e atitudes herdadas pela familia, ao concretizarem um casamento todo casal se depara com certas diferenças de valores e crenças de como lidar com as crianças. Um exemplo muito clássico, são os pais que ensinam os meninos que eles não devem chorar, que não devem correr para junto da mãe quando se machucam ( ou são insultados) e a resolverem seus problemas por si mesmos – são ensinados não só por palavras mas pelo exemplo dos pais. Por outro lado as meninas são incentivadas a manifestar seus sentimentos, a admitir que precisam de ajuda e a serem cuidadas por outras pessoas, quando necessário.
As reações emocionais de todo ser humano varia de acordo com suas expectativas e é claro com o seu tipo de personalidade. 
Pais que se preocupam em exagero com doenças, consequentemente terão filhos que agirão da mesma forma. A criança que se desenvolve num ambiente apreensivo com os males físicos, terá grandes chances de se tornar uma pessoa excessivamente  preocupada, onde em situações de emergência só servirá para causar ainda mais transtorno.
O período do desenvolvimento, no qual a criança fica mais sensível às idéias de ferimentos, moléstias e morte, compreende entre os três e quatro anos de idade. Essa fase é muito natural entre as crianças, muitas vezes ficam imaginando como se sentiriam com as moléstias e/ou machucados que vêem nos outros. Por todos esses aspectos, a forma de reação dos pais frente a moléstias e ferimentos fica registrado na memória das crianças. Se a mãe fica em pânico frente a um pequeno acidente, é natural que a criança acredite que esteja passando por um terrível perigo. Se o pai nega o sentimento de um filho quando este se machuca, dizendo que homem não sente dor, o filho aprende a reprimir seus sentimentos para ser agradável.
Os pais devem ser realistas , atuarem de acordo com a realidade, obviamente é interessante não demonstrar excesso de ansiedade, porém não há necessidade de serem insensíveis ou duros.
Casos opostos também podem ocorrer, como por exemplo com crianças muito ansiosas e mães controladas e equilibradas, nesses casos é necessário investigar o que a criança guarda dentro de si a nível de preocupações  e medos.
Casos muito corriqueiros acontecem com crianças que sofrem de muitas dores de barriga, machucados que não param de doer, e que clinicamente já foram tratados e investigados e não se encontrou nenhuma anomalia, nestes casos fica nítido como a criança usa de recursos físicos para chamar a tenção dos pais,ou até mesmo do setor de enfermagem da escola
O adulto que estiver acompanhando a criança deverá ficar atento para detectar o quanto de realidade existe nas queixas que as crianças apresentam, seja no que se refere à dores ou mal estar. Só assim será possível tomar providências em relação ao assunto.

                                                                                 
                                                                           Eliane Pisani Leite
   Autora dos livros:
·        Pais EducAtivos;
·        Brinquedos e brincadeiras;
·        A importância da mulher.


Nenhum comentário:

Postar um comentário