sábado, 14 de março de 2015

As dúvidas mais frequentes sobre TDA-H






AS DÚVIDAS MAIS FREQUENTES SOBRE TDA/H


P: O que é TDAH?

Existem muitas definições para o TDAH, essa variação depende da linha de pesquisa de cada grupo.
Uma definição aceita a nível mundial é a do DSM-IV (American Psychiatric Association – APA, 1994), esse transtorno é definido como um padrão persistente de hiperatividade/impulsividade, mais frequente e severo do que o habitualmente observado em indivíduos com um nível de desenvolvimento comparável.
Independente das definições cientificas o que observamos é que se trata de crianças muito agitadas, que apresentam dificuldades em prestar atenção por muito tempo em uma única atividade. Têm mil idéias ao mesmo tempo e não consegue finalizar nenhuma. É impulsiva, não tem o hábito de refletir antes de tomar atitudes. Primeiro age, depois pensa no que fez. É inteligente, ágil e criativa, mas apresenta baixo rendimento escolar, devido à falta de atenção e concentração. Distraída, desligada, parece que está no “mundo da lua”, mas percebe todos os estímulos ao redor.
Essas são algumas características do TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade, que todos os profissionais em educação já ouviram falar. Casos como estes desequilibram a estrutura de uma sala de aula, pois a criança hiperativa tem muita dificuldade de se envolver com uma única atividade, bem como, de permanecer parada por um período relativamente prolongado.
Ainda neste item de definição, é muito importante deixar claro que o Déficit de Atenção pode vir ou não associado à Hiperatividade.


P: É verdade que também afeta adultos?

R: Sim, é verdade. O problema é que este tipo de diagnóstico só agora começou a ser divulgado, por isso muitos adultos estão sendo diagnosticados nesta fase.


P: Isso melhora com o tempo? Existem graus de hiperatividade?

R: Os sintomas podem melhorar com o tempo, desde que o diagnóstico esteja correto e a família procure ajuda profissional para um tratamento terapêutico, pois é necessária uma reeducação social.
Uma das melhores linhas de Terapia atualmente é a Cognitiva Comportamental, pelos resultados mais rápidos.


P: É comum pais e médicos diagnosticarem de forma errada?

R: Não, os médicos especialistas no assunto, dificilmente erram no diagnóstico, pois existem vários instrumentos e técnicas para avaliar o caso. Desde testes, visitas à escola, consultas familiares, entre outros.
O que é comum acontecer são familiares fazerem comentários sobre o comportamento da criança, estando desinformados sobre o que realmente é TDAH.
O termo HIPERATIVIDADE acabou se transformando em título para toda criança agitada, “que não pára quieta”. Vale a pena lembrar que o diagnóstico é sempre dado e concluído por um médico especialista e integrado com os problemas de aprendizagem.
Geralmente a família chega no consultório Psicológico ou Psicopedagogico para uma avaliação a pedido da escola, e o profissional bem informado saberá que para fechar o diagnóstico deverá contar com uma equipe, entre eles, um médico.
O diagnóstico não é muito fácil, pois é necessário que a criança apresente um conjunto de sintomas, sendo pelo menos seis de cada subtipo em, no mínimo dois contextos, que podem ser em casa e na escola.
Entre eles se destacam:

-         Crianças que se mantém em permanente movimento;
-         Mexem em tudo, sem motivo e sem propósitos definidos;
-         Apresentam pouca paciência e mudam de atividade com muita freqüência;
-         Não conseguem permanecer sentadas para assistir a um programa de TV, Apresentam incapacidade para focar a atenção em qualquer atividade durante um período de tempo necessário para tal. Há certa tendência para desviar a sua atenção para outros estímulos que são impróprios para aquele momento;
-         Distraem-se com muita facilidade e, freqüentemente, não conseguem terminar as tarefas propostas para o período preestabelecido;
-         A tarefa escolar prolongada é um dos indicadores mais evidente para se detectar a hiperatividade.


Qual o índice na população?

R: O DSM – III-R e o DSM-IV declaram que o Déficit de Atenção estaria presente entre 3% e 5% da população escolar, com maior freqüência nos meninos, em uma proporção de 4:1 (APA, 1997 e 1994). Estes números estimulam o principal acordo entre os investigadores.


P: Tratamento?

R: São feitos com orientação médica onde são prescritos psicoestimulantes tanto para crianças quanto para adultos. É necessário uma Terapia Psicológica e Psicopedagogica, como já foi comentado e Orientação Familiar e Escolar.
Investigações recentes na área da neuropsicologia apontam para novas propostas de intervenção, as quais podem trazer enormes benefícios para as crianças. Portanto é importante que os familiares fiquem atentos às novas propostas de intervenção.



DICAS:

Em primeiro lugar ter paciência com a criança; valorizar suas conquistas; recompensar comportamentos adequados; evitar rótulos; proporcionar ambientes tranqüilos; favorecer atividades sociais; respeitar o ritmo escolar da criança; colocar limites claros; treinar hábitos sociais como por exemplo permanecer sentado à mesa durante uma refeição. Lembrando de sempre proporcionar atenção e carinho quando conversar com ela.



A escola pode dar sua contribuição tomando as seguintes medidas:

1 – Preparar sua equipe disciplinar, dando instruções e informações do que vem a ser TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade);
2       - As salas de aulas devem comportar um número de até 20 alunos, para que o professor dê atenção necessária a esses casos;
3       - Inserir uma equipe multidisciplinar como: pedagogos, psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos;
4       – Ministrar os medicamentos necessários;
5       – Discussões internas de como proceder com erros desses alunos;
6       - Se possível, permitir a participação efetiva dos pais no contexto escolar;
7       - Estabelecer freqüentes contatos com os profissionais que acompanham a criança.
As escolas têm adotado uma postura receptiva a crianças que apresentam algum problema, pois desde que a lei de inclusão escolar passou a vigorar na rede educacional, isto tem sido uma meta de todos proprietários de escolas, e até mesmo das escolas públicas.
 O companheirismo e a boa vontade são os alicerces para desempenhar um bom trabalho.



FRASES:

“Papai e mamãe, fiquem atentos, pois seu filho pode ter um problema além da esfera comportamental, isso chama-se Transtorno de Déficit de Atenção – Hiperatividade”.


“Se o comportamento de seu filho está trazendo prejuízo nas áreas sociais e escolares. É hora de procurar ajuda”


“Participar das palestras escolares e procurar estar bem informado sobre os problemas de comportamento, trará às famílias muito mais qualidade de vida”.



                                                                  Eliane Pisani Leite
                                               Psicóloga – Psicopedagoga – Acupunturista
                                                                  Neuropsicopegaga
                  Autora do livro Pais EducAtivos
                 elianepisanileite.blogspot.com.br
                  


Hiperatividade





HIPERATIVIDADE




Na minha pratica clínica, bem como na minha experiência em palestras, surge sempre a mesma pergunta: “-Será que meu filho é uma criança hiperativa?”. A resposta a essa pergunta não é tão simples assim de ser dada. As crianças podem apresentar comportamento agitado por diversos motivos, entre eles podem estar: um desconforto físico, do qual a criança não tem consciência, pode ser o próprio ambiente onde vive, que é muito agitado, ou às vezes um problema emocional que não foi detectado.
O diagnóstico não é muito fácil, pois é necessário que a criança apresente um conjunto de sintomas, sendo pelo menos seis de cada subtipo em, no mínimo dois contextos, que podem ser em casa e na escola.
O Dr. Abram Topczewski indica algumas características de como se manifesta a hiperatividade:

-          Crianças que se mantém em constante movimento;
-          Mexem em tudo, sem motivo e sem propósitos definidos;
-          São muito impacientes e mudam de atividade com muita freqüência;
-          Não conseguem permanecer sentadas para assistir a um programa de TV, como um desenho animado;
-          Apresentam incapacidade para focar a atenção em qualquer atividade durante um período de tempo necessário para tal. Há certa tendência para desviar a sua atenção para outros estímulos que são impróprios para aquele momento;
-          Distraem-se com muita facilidade e, freqüentemente, não conseguem terminar as tarefas propostas para o período preestabelecido;
-          A tarefa escolar prolongada é o indicador mais evidente para se detectar a acentuação da hiperatividade.
O tratamento consiste em um trabalho interativo entre orientação familiar, acompanhamento psicológico, psicopedagógico, fonoaudiológico, médico e parceria com o trabalho escolar.
A escola pode dar sua contribuição tomando as seguintes medidas:
1 – Preparar sua equipe disciplinar, dando instruções e informações do que vem a ser TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade);
2     - As salas de aulas devem comportar um número de até 20 alunos, para que o professor dê atenção necessária a esses casos;
3     - Inserir uma equipe multidisciplinar como: pedagogos, psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos;
4     – Ministrar os medicamentos necessários;
5     – Discussões internas de como proceder com erros desses alunos;
6     - Se possível, permitir a participação efetiva dos pais no contexto escolar;
7     - Estabelecer freqüentes contatos com os profissionais que acompanham a criança.
As escolas tem adotado uma postura receptiva a crianças que apresentam algum problema, pois desde que a lei de inclusão escolar passou a vigorar na rede educacional, isto tem sido uma meta de todos proprietários de escolas, e até mesmo das escolas públicas.
 O companheirismo e a boa vontade são os alicerces para desempenhar um bom trabalho.









                                                                     Eliane Pisani Leite
                                                      Psicóloga - Neuropsicopedagoga - Psicopedagoga
Autora do livro: Pais EducAtivos
elianepisanileite.blogspot.com.br