sábado, 12 de julho de 2014

Tratamento Psicopedagógico




Tratamento Psicopedagógico: “O que é?”    


Quando os pais são chamados para uma reunião na escola, surge mil dúvidas e anseios sobre qual será o tema de discussão com os professores e coordenadores. Algumas vezes os pais já sabem qual será o tema, outras, eles ficam ansiosos por saber.
O termo Psicopedagogia é razoavelmente recente, muitas pessoas não conhecem o seu significado. Há uma confusão com a palavra Psicologia – Pedagogia, enfim surge essa mesma confusão quando a escola solicita que os pais levem a criança a fazer um trabalho Psicopedagógico.
O termo Psicopedagogia  é uma junção das palavras Psicologia e Pedagogia, hoje já constitui curso de pós graduação em faculdades reconhecidas, cursos com carga horária acima de dois anos de formação.
Neste trabalho o profissional desenvolve tarefas que engloba tanto aspectos psicológicos quanto aspectos pedagógicos, ressalvando que não se assemelha a um tratamento psicológico, pois este deverá sempre ser realizado por um psicólogo formado em faculdades de graduação.
O trabalho psicopedagógico constitui uma série de atividades para trabalhar habilidades de raciocínio, geralmente voltados para as Dificuldades de Aprendizagem especificas do cliente que está em tratamento. Algumas vezes essas atividades podem estarem voltadas para a concentração, memória, compreensão de textos e leituras, raciocínio lógico ou abstrato, caçulos, escrita, organização espaço-temporal, coordenação motora, entre outras.
Geralmente são trabalhos específicos, podem algumas vezes trabalhar os conteúdos escolares que estão sendo ensinados ao aluno, porém essa não é a prioridade do trabalho. A prioridade são as habilidades de raciocínio que estão em defasagem, o conteúdo escolar daquele ano letivo é deixado para que um professor particular trabalhe com o aluno, pois o trabalho do Psicopedagogo vai além das lições de casa, é algo mais profundo e dinâmico.
Geralmente quando o trabalho psicopedagógico está sendo focado no sujeito que não aprende, é indicado que tanto a família quanto a escola sejam orientadas para dar suporte ao trabalho.
Na orientação familiar procura-se esclarecer a todos os membros que tipo de problema o nosso cliente apresenta, esse esclarecimento muitas vezes colabora efetivamente para a melhora, pois o fato de não se compreender o funcionamento daquele que está apresentando dificuldades, faz com que o grupo familiar “sofra” em conjunto, criando desentendimento entre os membros.


Eliane Pisani Leite


Psicólogia  Psicopedagogia

Quando devemos fazer um Psicodiagnóstico




QUANDO DEVEMOS FAZER UM PSICODIAGNÓSTICO?


Em primeiro lugar devemos entender o significado de Psicodiagnóstico, o que isso significa?
Este é um trabalho especializado desenvolvido por Psicólogos ou Psicopedagogos, que visa o esclarecimento dos fatores que estão causando determinados problemas em um indivíduo. Esta seria uma definição simplificada do trabalho realizado.
Para se efetuar um Psicodiagnóstico o profissional utiliza vários instrumentos de trabalho, como por exemplo testes, entrevistas e dinâmicas de grupo ou individual. Tudo isso com o objetivo de conhecer melhor o funcionamento psíquico daquele indivíduo e dessa forma fazer a intervenção terapêutica necessária baseada no laudo obtido.
Muitas pessoas ficam em dúvidas se esta no momento certo para esse trabalho ou se é apenas um fato passageiro que o tempo resolve, nem sempre essa é a conduta mais correta. Vejamos por exemplo o caso de professores que ao lidar com alunos que estão apresentando comportamento inadequado em sala de aula, ou mesmo crianças que apresentam qualquer dificuldade de aprendizagem, ficassem esperando que o problema se resolvesse por si só. Teríamos, isto sim, uma camada de adolescentes que foram arrastados em seu processo de aprendizagem, porque não foram assistidos a tempo hábil, a fim de terem recebido ajuda no momento oportuno.
Fatos como estes não são difíceis de encontrarmos, acredito é sempre melhor errar pelo excesso que pela falta. O prejuízo para a vida pessoal que uma demora no diagnóstico pode causar, muitas vezes pode ter um dano irreversível.
Devemos sempre que possível observar a realidade sem lentes coloridas, pois dessa forma estaríamos vendo aquilo que nossos olhos querem ver e não o que realmente esta acontecendo.
No nosso dia a dia estamos envolvidos com pessoas e muitas vezes famílias que rejeitam qualquer tipo de intervenção e ajuda alegando que os fatos são algo comum e que acontece em qualquer família. Isto pode ser uma verdade, porém é justamente por ocorrer em várias famílias que tornou-se objeto de estudos para a prevenção e tratamento desses problemas, sejam eles de aprendizagem ou de comportamento.
A melhor forma de saber se o momento é oportuno ou não para um diagnóstico, é usar o bom senso e a vontade de melhorar aquilo que se pode melhorar.



                                                                           ELIANE PISANI LEITE


                                                                                   PSICÓLOGA – PSICOPEDAGOGA 



A origem da escrita


Na pré-história os povos utilizavam figuras para transmitirem informações, assim como encontramos ainda hoje em várias culturas.
As pessoas naquele tempo se comunicavam através de desenhos grafados em pedras, o que chamamos de “escrita pictorial”, usavam símbolos para expressar pensamentos, emoções, como por exemplou uma pedra encontrada na face de uma rocha na praia de Laka Superior, no estado norte-americano de Michigan, onde se observa uma tartaruga simbolizando uma feliz chegada a terra, e o desenho de um homem montado a cavalo para simbolizar que os guerreiros avançavam rapidamente. Porém esta forma de escrita dava margens para diversas interpretações de acordo com os costumes do povo daquele e de outras regiões.
O surgimento da verdadeira escrita emergiu pela primeira vez, quando os símbolos da escrita foram usados para representarem, palavras da língua, ao invés de objetos ou conceitos.
As primeiras formas de se estabelecera escrita baseavam-se no princípio de uma palavra – um símbolo. A esse sistema damos o nome de “logográficos”. Podemos observar esse sistema na escrita chinesa e também o Kanji usado no Japão. Uma razão para a língua chinesa, manter esta escrita é o fato da língua ter demasiado homófonos – palavras com diferentes significados e igual som; se isso fosse possível e a língua chinesa se utilizasse um alfabeto, esses homófonos também teriam igual ortografia, enquanto um sistema logográfico de escrita é capaz de usar um símbolo visualmente distinto para cada significado distinto.
O primeiro passo no desenvolvimento do alfabeto envolveu a transformação das logografias dos primeiros sistemas de escrita, tornando-os cada vês menos semelhantes a figuras.
O uso de logografias para representar palavra-sons foi levado um passo adiante, quando os símbolos logográficos egípcios foram adotados pelos fenícios, um povo que vivia nas praias ocidentais do Mediterrâneo. Eles falavam uma língua completamente diferente dos egípcios para representarem as sílabas de sua própria língua. Toda a conexão entre os símbolos e seus significados originais agora perdera-se. Nas mãos dos fenícios, foi completada a conversão de um sistema de escrita inicialmente logográficos para um sistema silábico e baseado nos sons (por volta do ano 1.500 A.C.).
O último grande passo para a invenção do alfabeto ocorreu em torno do ano 1.000 A.C., quando os antigos gregos tomaram o sistema de escrita silábica dos fenícios, adaptando-o pelo uso de um caractere escrito individual para cada som de consoante e vogal da língua grega. Todos os alfabetos modernos descendem da versão grega (a língua inglesa – e a portuguesa – vêm do grego, através do alfabeto romano). A necessidade do homem em identificar um som com uma letra, facilitando dessa forma sua comunicação através da escrita também é considerada uma mola propulsora para a origem do alfabeto, dessa forma um símbolo (uma letra), representaria um som e não seria mais necessário se utilizar vários desenhos para expressar um pensamento.


                                                                                              ELIANE PISANI LEITE

                                                                                PSICÓLOGA   PSICOPEDAGOGA 

O que é Neuropsicopedagogia?





O QUE É NEUROPSICOPEDAGOGIA

Antes das definições clássicas do que seja a Neuropsicopedagogia, acredito que seja de suma importância, o esclarecimento de como nasceu essa especialidade.
No nosso trabalho clínico diário, observamos a necessidade de ampliar os conhecimentos em áreas antes não desenvolvidas. Observamos que a clínica se depara com casos que fogem de seu foco necessitando o auxílio de outras especialidades. Por esse motivo a ampliação e investigação nesse novo campo do conhecimento unindo áreas que se complementam, vem contribuir para que nosso olhar clínico avance num aperfeiçoamento muito mais detalhado e esclarecedor.
Entendo que agora já estamos aptos a entender as definições oficiais sobre esse novo termo.

Neuropsicopedagogia é a "Abordagem neurológica de distúrbios e de
incapacidades de aprendizagem. A Neuropsicopedagogia é de grande
utilidade para o psicopedagogo clínico, pois possibilita o diagnóstico de
processos anormais na estrutura, na organização e no funcionamento do
sistema nervoso central, por meio de testes de avaliação neuropsicológica,
aplicáveis a indivíduos portadores de problemas de aprendizagem". 

(Rodrigues, Roberto. In: REVISTA CAESURA. Pelotas (RS): Universidade
Católica, n.9, 1996, p.34-40.)" 
“Área de estudo da neuropsicologia que avalia,diagnostica, estuda e intervenciona frente à aprendizagem humana e suas intercorrências considerando a compreensão do sujeito enquanto aprendiz, dotado de complexidades, peculiaridades e inseguranças, sendo obrigado a tomar decisões avaliativas além ou aquém de sua realidade cognitiva”.
INSTEIN Apud SCOZ:2007
“Área de estudo das neurociências na qual objetiva a análise dos processos cognitivos, potencialidades pessoais e perfil sócio – econômico,a fim de construir indicadores formais para a intervenção clínica frente aos educandos padrões com baixo desempenho e que apresentam disfunções neurais devido a lesão neurológica de origem genética , congênita ou adquirida.”
ROTTA Apud COSENZA:2010

A dificuldade de aprendizagem e/ou de relacionamento interpessoal pode levar a
criança ou o adolescente e sua família a uma situação de desorientação
diante de suas dificuldades.   Esses sentimentos de inadequação transformam uma simples aula diária em uma Instituição de Ensino numa verdadeira “tortura” ao estudante, fazendo com que a família instruída procure ajuda a fim de investigar o que está acontecendo nesse processo especifico de aprendizagem.

Quando o neuropsicopedagogo for um profissional formado em Psicologia e Psicopedagogia, ele terá um vasto conhecimento no funcionamento do cérebro, para melhor entender a forma como esse cérebro recebe, seleciona, transforma, memoriza, arquiva, processa e elabora todas as sensações, informações, estímulos captados pelos diversos sensores neuronais para, a partir desse entendimento, poder elaborar um tratamento com metodologia e instrumentos necessários para a melhora clinica do indivíduo que estiver em avaliação.
Este profissional possui os conhecimentos necessários sobre as anomalias neurológicas, psiquiátricas e distúrbios existentes, para desenvolver  um trabalho de acompanhamento pedagógico, cognitivo e emocional.

O trabalho clínico realizado por este profissional constitui um dos elementos mais importantes para desenvolver e estimular a plasticidade cerebral formando novas "sinapses", para um verdadeiro processo ensino-aprendizagem de qualidade.

Eliane Pisani leite

Educação Social nas escolas públicas e particulares





EDUCAÇÃO SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES


Tenho me deparado com situações cada vez mais freqüentes nas portas das escolas, nos centros comerciais e nas ruas de um modo geral. A falta de educação no trânsito e nas relações interpessoais, tudo em nome da “pressa”, da “correria” e dos compromissos.
Pergunto-me se realmente é necessária a má educação para cumprir horários e compromissos.
Nas portas das escolas, quando os pais deixam os filhos, observo uma verdadeira disputa pelo lugar de estacionar, uma imposição de forças para passar primeiro na fila de carros e por aí a fora as “guerrilhas de poder” para sair na frente. Fico pensando para quê os pais estão deixando seus filhos nas escolas, será que é para aprenderem a ser “educados”, pois, se esse for o motivo, acredito que o tiro está saindo pela culatra, pois o exemplo dos próprios pais está deixando a desejar, porém se o objetivo de levarem os filhos para as escolas for apenas ganharem títulos para entrarem nas disputas da vida quando adulto então está OK, mas é preciso lembrar que eles quando adultos irão entrar em grandes disputas, como aquelas na idade média, nas arenas com leões e gladiadores, pois este será o perfil dos adultos de amanhã, caso ainda não seja o perfil de muitos adultos de hoje.
A sociedade está demorando demais para observar e compreender que o quê está faltando no povo para uma vida melhor é EDUCAÇÃO, é filosofia de vida que dê base e ferramentas para um indivíduo tornar-se PESSOA. Pessoa ao pé da letra, pessoa com integridade, com responsabilidade, com compromisso social para as novas gerações e o equilíbrio do Planeta.
Hoje observo na clínica que as pessoas não sabem nem para que estão vivendo, o índice de casos de Depressão, Pânico é assustador, quase uma “normalidade”, onde é comum ir à farmácia comprar anti-depressivos, ansiolíticos e todos vêem isso como algo corriqueiro, do dia a dia.
Esta situação não é corriqueira, não faz parte do dia a dia. Ela é fruto de um desequilíbrio social. Ela é doentia, é o reflexo de uma bola de neve, onde ninguém pára e observa o que está acontecendo, ninguém pára para rever seus valores, seus objetivos de vida, o quê está bom e o quê não está bom. As pessoas vão vivendo freneticamente sem tempo de refletir, não se dão esse tempo, por que muitos acham que se dar tempo para refletir e rever suas vidas é “perder tempo” e hoje tempo é literalmente dinheiro.
Acredito que ninguém possa viver sem ter seus ganhos financeiros, isso faz parte do desenvolvimento de cada um, mas seria muito mais sábio evoluir e lucrar praticando a BOA EDUCAÇÃO, a GENTILEZA, simplesmente praticando o bem, pois se o outro estiver bem, automaticamente o caminho de cada um será mais tranqüilo e fácil de trilhar, todos terão menos pedras no caminho, porque o equilíbrio social irá preponderar, ninguém irá tirar nada de ninguém pois não haverá necessidade, todos irão se complementar, porque as pessoas precisão umas das outras, dependem umas das outras, nenhum humano é onipotente .
O que falta é coragem nas pessoas de praticar a boa educação sem o receio de serem prejudicadas ou vistas como “tolas” nessa iniciativa.
As pessoas precisam perceber que “tolo” é continuar auxiliando no desequilíbrio social. As escolas deveriam ter como meta promover projetos para o Equilíbrio Social, envolver os pais de seus alunos nesses projetos, isto é EDUCAR.
Vamos acordar, vamos começar a colocar nossa atenção no BEM, no melhor das pessoas, vamos voltar a ser GENTE. O desequilíbrio do Planeta é o reflexo do que o homem está fazendo para os outros e para si mesmo.



Eliane Pisani Leite
Psicóloga