sábado, 12 de julho de 2014




A origem da escrita


Na pré-história os povos utilizavam figuras para transmitirem informações, assim como encontramos ainda hoje em várias culturas.
As pessoas naquele tempo se comunicavam através de desenhos grafados em pedras, o que chamamos de “escrita pictorial”, usavam símbolos para expressar pensamentos, emoções, como por exemplou uma pedra encontrada na face de uma rocha na praia de Laka Superior, no estado norte-americano de Michigan, onde se observa uma tartaruga simbolizando uma feliz chegada a terra, e o desenho de um homem montado a cavalo para simbolizar que os guerreiros avançavam rapidamente. Porém esta forma de escrita dava margens para diversas interpretações de acordo com os costumes do povo daquele e de outras regiões.
O surgimento da verdadeira escrita emergiu pela primeira vez, quando os símbolos da escrita foram usados para representarem, palavras da língua, ao invés de objetos ou conceitos.
As primeiras formas de se estabelecera escrita baseavam-se no princípio de uma palavra – um símbolo. A esse sistema damos o nome de “logográficos”. Podemos observar esse sistema na escrita chinesa e também o Kanji usado no Japão. Uma razão para a língua chinesa, manter esta escrita é o fato da língua ter demasiado homófonos – palavras com diferentes significados e igual som; se isso fosse possível e a língua chinesa se utilizasse um alfabeto, esses homófonos também teriam igual ortografia, enquanto um sistema logográfico de escrita é capaz de usar um símbolo visualmente distinto para cada significado distinto.
O primeiro passo no desenvolvimento do alfabeto envolveu a transformação das logografias dos primeiros sistemas de escrita, tornando-os cada vês menos semelhantes a figuras.
O uso de logografias para representar palavra-sons foi levado um passo adiante, quando os símbolos logográficos egípcios foram adotados pelos fenícios, um povo que vivia nas praias ocidentais do Mediterrâneo. Eles falavam uma língua completamente diferente dos egípcios para representarem as sílabas de sua própria língua. Toda a conexão entre os símbolos e seus significados originais agora perdera-se. Nas mãos dos fenícios, foi completada a conversão de um sistema de escrita inicialmente logográficos para um sistema silábico e baseado nos sons (por volta do ano 1.500 A.C.).
O último grande passo para a invenção do alfabeto ocorreu em torno do ano 1.000 A.C., quando os antigos gregos tomaram o sistema de escrita silábica dos fenícios, adaptando-o pelo uso de um caractere escrito individual para cada som de consoante e vogal da língua grega. Todos os alfabetos modernos descendem da versão grega (a língua inglesa – e a portuguesa – vêm do grego, através do alfabeto romano). A necessidade do homem em identificar um som com uma letra, facilitando dessa forma sua comunicação através da escrita também é considerada uma mola propulsora para a origem do alfabeto, dessa forma um símbolo (uma letra), representaria um som e não seria mais necessário se utilizar vários desenhos para expressar um pensamento.


                                                                                              ELIANE PISANI LEITE

                                                                                PSICÓLOGA   PSICOPEDAGOGA 

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