A origem da escrita
Na
pré-história os povos utilizavam figuras para transmitirem informações, assim
como encontramos ainda hoje em várias culturas.
As pessoas
naquele tempo se comunicavam através de desenhos grafados em pedras, o que
chamamos de “escrita pictorial”, usavam símbolos para expressar pensamentos,
emoções, como por exemplou uma pedra encontrada na face de uma rocha na praia
de Laka Superior, no estado norte-americano de Michigan, onde se observa uma
tartaruga simbolizando uma feliz chegada a terra, e o desenho de um homem
montado a cavalo para simbolizar que os guerreiros avançavam rapidamente. Porém
esta forma de escrita dava margens para diversas interpretações de acordo com
os costumes do povo daquele e de outras regiões.
O surgimento
da verdadeira escrita emergiu pela primeira vez, quando os símbolos da escrita
foram usados para representarem, palavras da língua, ao invés de objetos ou
conceitos.
As primeiras
formas de se estabelecera escrita baseavam-se no princípio de uma palavra – um
símbolo. A esse sistema damos o nome de “logográficos”. Podemos observar esse
sistema na escrita chinesa e também o Kanji usado no Japão. Uma razão para a
língua chinesa, manter esta escrita é o fato da língua ter demasiado homófonos
– palavras com diferentes significados e igual som; se isso fosse possível e a
língua chinesa se utilizasse um alfabeto, esses homófonos também teriam igual
ortografia, enquanto um sistema logográfico de escrita é capaz de usar um
símbolo visualmente distinto para cada significado distinto.
O primeiro
passo no desenvolvimento do alfabeto envolveu a transformação das logografias
dos primeiros sistemas de escrita, tornando-os cada vês menos semelhantes a
figuras.
O uso de
logografias para representar palavra-sons foi levado um passo adiante, quando
os símbolos logográficos egípcios foram adotados pelos fenícios, um povo que
vivia nas praias ocidentais do Mediterrâneo. Eles falavam uma língua
completamente diferente dos egípcios para representarem as sílabas de sua
própria língua. Toda a conexão entre os símbolos e seus significados originais
agora perdera-se. Nas mãos dos fenícios, foi completada a conversão de um
sistema de escrita inicialmente logográficos para um sistema silábico e baseado
nos sons (por volta do ano 1.500 A.C.).
O último
grande passo para a invenção do alfabeto ocorreu em torno do ano 1.000 A.C.,
quando os antigos gregos tomaram o sistema de escrita silábica dos fenícios,
adaptando-o pelo uso de um caractere escrito individual para cada som de
consoante e vogal da língua grega. Todos os alfabetos modernos descendem da
versão grega (a língua inglesa – e a portuguesa – vêm do grego, através do
alfabeto romano). A necessidade do homem em identificar um som com uma letra,
facilitando dessa forma sua comunicação através da escrita também é considerada
uma mola propulsora para a origem do alfabeto, dessa forma um símbolo (uma
letra), representaria um som e não seria mais necessário se utilizar vários
desenhos para expressar um pensamento.
ELIANE
PISANI LEITE
PSICÓLOGA PSICOPEDAGOGA
Nenhum comentário:
Postar um comentário