sábado, 14 de março de 2015

Hiperatividade





HIPERATIVIDADE




Na minha pratica clínica, bem como na minha experiência em palestras, surge sempre a mesma pergunta: “-Será que meu filho é uma criança hiperativa?”. A resposta a essa pergunta não é tão simples assim de ser dada. As crianças podem apresentar comportamento agitado por diversos motivos, entre eles podem estar: um desconforto físico, do qual a criança não tem consciência, pode ser o próprio ambiente onde vive, que é muito agitado, ou às vezes um problema emocional que não foi detectado.
O diagnóstico não é muito fácil, pois é necessário que a criança apresente um conjunto de sintomas, sendo pelo menos seis de cada subtipo em, no mínimo dois contextos, que podem ser em casa e na escola.
O Dr. Abram Topczewski indica algumas características de como se manifesta a hiperatividade:

-          Crianças que se mantém em constante movimento;
-          Mexem em tudo, sem motivo e sem propósitos definidos;
-          São muito impacientes e mudam de atividade com muita freqüência;
-          Não conseguem permanecer sentadas para assistir a um programa de TV, como um desenho animado;
-          Apresentam incapacidade para focar a atenção em qualquer atividade durante um período de tempo necessário para tal. Há certa tendência para desviar a sua atenção para outros estímulos que são impróprios para aquele momento;
-          Distraem-se com muita facilidade e, freqüentemente, não conseguem terminar as tarefas propostas para o período preestabelecido;
-          A tarefa escolar prolongada é o indicador mais evidente para se detectar a acentuação da hiperatividade.
O tratamento consiste em um trabalho interativo entre orientação familiar, acompanhamento psicológico, psicopedagógico, fonoaudiológico, médico e parceria com o trabalho escolar.
A escola pode dar sua contribuição tomando as seguintes medidas:
1 – Preparar sua equipe disciplinar, dando instruções e informações do que vem a ser TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade);
2     - As salas de aulas devem comportar um número de até 20 alunos, para que o professor dê atenção necessária a esses casos;
3     - Inserir uma equipe multidisciplinar como: pedagogos, psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos;
4     – Ministrar os medicamentos necessários;
5     – Discussões internas de como proceder com erros desses alunos;
6     - Se possível, permitir a participação efetiva dos pais no contexto escolar;
7     - Estabelecer freqüentes contatos com os profissionais que acompanham a criança.
As escolas tem adotado uma postura receptiva a crianças que apresentam algum problema, pois desde que a lei de inclusão escolar passou a vigorar na rede educacional, isto tem sido uma meta de todos proprietários de escolas, e até mesmo das escolas públicas.
 O companheirismo e a boa vontade são os alicerces para desempenhar um bom trabalho.









                                                                     Eliane Pisani Leite
                                                      Psicóloga - Neuropsicopedagoga - Psicopedagoga
Autora do livro: Pais EducAtivos
elianepisanileite.blogspot.com.br        

                                                                  

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