HIPERATIVIDADE
Na minha pratica clínica, bem como na minha experiência em
palestras, surge sempre a mesma pergunta: “-Será que meu filho é uma criança
hiperativa?”. A resposta a essa pergunta não é tão simples assim de ser dada.
As crianças podem apresentar comportamento agitado por diversos motivos, entre
eles podem estar: um desconforto físico, do qual a criança não tem consciência,
pode ser o próprio ambiente onde vive, que é muito agitado, ou às vezes um
problema emocional que não foi detectado.
O diagnóstico não é muito fácil, pois é
necessário que a criança apresente um conjunto de sintomas, sendo pelo menos
seis de cada subtipo em, no mínimo dois contextos, que podem ser em casa e na
escola.
O Dr. Abram Topczewski indica algumas
características de como se manifesta a hiperatividade:
-
Crianças que se mantém em constante movimento;
-
Mexem em tudo, sem motivo e sem propósitos definidos;
-
São muito impacientes e mudam de atividade com muita freqüência;
-
Não conseguem permanecer sentadas para assistir a um programa de
TV, como um desenho animado;
-
Apresentam incapacidade para focar a atenção em qualquer atividade
durante um período de tempo necessário para tal. Há certa tendência para
desviar a sua atenção para outros estímulos que são impróprios para aquele momento;
-
Distraem-se com muita facilidade e, freqüentemente, não conseguem
terminar as tarefas propostas para o período preestabelecido;
-
A tarefa escolar prolongada é o indicador mais evidente para se
detectar a acentuação da hiperatividade.
O tratamento consiste em um trabalho interativo entre
orientação familiar, acompanhamento psicológico, psicopedagógico,
fonoaudiológico, médico e parceria com o trabalho escolar.
A escola pode dar sua contribuição tomando as seguintes
medidas:
1 – Preparar sua equipe disciplinar, dando
instruções e informações do que vem a ser TDAH (Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade);
2 - As salas de aulas devem
comportar um número de até 20 alunos, para que o professor dê atenção
necessária a esses casos;
3 - Inserir uma equipe
multidisciplinar como: pedagogos, psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos;
4 – Ministrar os medicamentos
necessários;
5 – Discussões internas de
como proceder com erros desses alunos;
6 - Se possível, permitir a
participação efetiva dos pais no contexto escolar;
7 - Estabelecer freqüentes
contatos com os profissionais que acompanham a criança.
As escolas tem adotado uma postura receptiva a
crianças que apresentam algum problema, pois desde que a lei de inclusão
escolar passou a vigorar na rede educacional, isto tem sido uma meta de todos
proprietários de escolas, e até mesmo das escolas públicas.
O companheirismo e
a boa vontade são os alicerces para desempenhar um bom trabalho.
Eliane Pisani Leite
Psicóloga
- Neuropsicopedagoga - Psicopedagoga
Autora do livro: Pais
EducAtivos
elianepisanileite.blogspot.com.br
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